Meio que por acaso, eu diria, o modernismo deu entrada no Brasil. Claro que a inconstância da subjetividade das pessoas da época, digamos que a partir de 1900, em uma época favorável a mudanças levadas pelo estress de um período pré-guerra, seguido da então 1ª guerra mundial e o pós-guerra, por todos conhecido como período de crise existencial onde as pessoas ansiavam por formas novas de se pensar o mundo e suas relações com a vida. Então nesse período o Brasil que era uma recém república também estava com ares de mudança e necessitando de novidades. As crises da queda do café e o crescimento das cidades, toda essa esfera de caos sempre bem vinda, pois que muito criadora no campo do pensamento e também das artes, estava acontecendo naquele momento. Porque o por acaso do início? Referi-me então à boa vontade dos artistas que trouxeram as “inovações” na arte brasileira. Eles haviam ido, leia-se eles como Lasar Segall e Anita Malfatti, para a Europa estudar, pretendiam estudar, para quem sabe aperfeiçoarem suas técnicas e coisas do tipo. Segall chegou primeiro e então como todo bom grande artista que se entusiasma pelo novo, veio trazendo em sua arte influências fervorosas do que acontecia na Europa, a transloquência das novidades que ele vira por lá. Não no sentido de copiar o que viu, mas sim de se inspirar no sentimento que inspirara o que ele viu, a necessidade de mudanças que citei antes.
Mas o que deixou a comunidade realmente pensativa, o então real baque modernista no Brasil foi a exposição de Anita. Chega ela então entusiasmada com a liberdade de formas e cores do expressionismo alemão e produz sua exposição modernista em 1917. Como disse, as pessoas estavam já mais abertas à novidades e preparadas que estavam pela prévia de Segall e, 1913, aceitaram bem (de início) a liberdade de Anita, até que Monteiro Lobato em sua quem sabe inoscência de conceitos, criticou cruelmente a jovem artista. Oh que tragédia! Poderíamos pensar. Mas foi justamente graças a essa crítica que todos os artistas da época, os entusiastas das novidades, se reuniram em volta dela e em 1922 lançaram a 1ª Semana de Arte Moderna, em São Paulo, com o intuito justamente de chocar e abrir as portas às inovações européias, mas que agora recebiam a influência da necessidade de produzir algo brasileiro realmente, ou seja, abrasileirar as tendências. Produzir algo brasileiro e moderno! Moderno então, era considerado, tudo aquilo que fosse novo, que não trouxesse de volta as tendências acadêmico-clássicas de antes. Tinha início o Modernismo no Brasil.
Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/arts/1722230-modernismo-brasil/#ixzz2AHuVx4Vk
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